domingo, 18 de setembro de 2011

Two and a Half Men: a volta dos que já foram

Depois de uma semana em que os americanos compartilharam suas dores e sentimentos profundos de tristeza às vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001, chegou a hora deles presenciarem mais um desastre: o retorno de Two and a Half Men.

Não me entendam mal, mas a volta desse épico seriado protagonizado por Charlie Sheen durante oito anos ao comando de outro grande ator, Ashton Kutcher, é um tanto duvidosa em relação a sua competência. Admito que a série provém de roteiristas geniais, além de um elenco muito bem ''encaixado'' nos seus devidos papeis, mas isso não é sucifiente para dizer que a série terá gás para mais algumas temporadas de sucesso na ausência de seu astro. O sucesso, aliás, será o grande desafio de Chuck Lorrie, criador da sitcom, para provar que Charlie foi um mero coadjuvante e não o principal fator de seus bolsos terem aumentado (e muito) de tamanho.

Charlie Sheen passou por momentos de turbulência, no começo desse ano, claramente estava fora de si. Talvez pelo seu abuso no álcool e nas drogas, talvez pelo seu comportamento um tanto estranho, não importa. Ele perdeu o que tinha de melhor em sua vida, mesmo não admitindo isso. E, infelizmente, os espectadores perderam por tabela esse grande ator interpretando Charlie Harper - solteirão bom-vivant que tem uma casa na praia e enriquece compondo jingles –  para ''ganharem'' Walden Schmidt – bilionário da internet que teve seu coração partido – como o ponto médio da série.

Assim como todos, estou muito curioso para saber como vai ser essa nova temporada. Se torço para que dê certo? Não. Ao menos que o desenrolar da série prove o contrario. Mas torço para uma (im)possível volta de Charlie Sheen (já que supostamente foi atropelado por um trem e seu funeral será logo no primeiro episódio), este que admitiu nessa sexta feira (16) ao programa ''Today Show'' que adoraria voltar ao elenco: "Se eles achassem uma boa ideia...eu estou dentro."

Sim, pelo menos ele sabe agora que perdeu o que tinha de melhor na sua vida. Resta saber se os todo-poderosos da Warner concordam em nos devolver o que tinha de melhor em Two and a Half Men: um bêbado pegador de chicas com dinheiro destinado apenas para dois fellas: Johnny Walker e José Cuervo.

Um comentário:

  1. Não concordo, mas belo texto !
    quer dizer, acho que errado seria se eles sucumbissem aos caprichos do nada profissional Charlie Sheen, e encerrassem a série. É uma tentativa de mostrar força e seguir em frente, tocar o barco - mais ou menos como Black Sabbath quando Ozzy Osbourne saiu, aliás por motivos parecidos. É audacioso, mas seria pior se não tentassem.

    Mas curti como foi escrito o texto, o blog, e boa sorte pra vocês !
    Abraço,
    Fábio

    ResponderExcluir

Licença Creative Commons
A obra "Saiu é nossa" de Gustavo Setti e Cássio Toledo foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não Adaptada.