Oito anos se passaram e o Brasil terá que esperar mais tempo para ver o tênis de volta ao grupo mundial da Copa Davis. Após conseguir a vantagem de 2 a 1 contra a Rússia nesse fim de semana, a equipe brasileira só dependia de uma vitória nesse domingo.
Primeiro foi a vez de Thomaz Bellucci (melhor brasileiro no ranking mundial) enfrentar Mikhail Youzhny. O russo salvou dois matchpoints e, em mais de 5 horas, venceu por 3 sets a 2, parciais de 2/6, 6/3, 5/7, 6/4 e 14/12. Depois, com a placar empatado em 2 a 2, a decisão da vaga ficou para Ricardo Mello. O paulista acabou derrotado por Dimitry Tursunov por 3 sets a 1, parciais de 6/1, 7/6(5), 2/6 e 6/3 e viu a vaga ficar com os donos da casa. Após abrir vantagem no placar, a equipe brasileira permitiu a virada dos russos e presenciou a festa da torcida em Kazan.
A última vez que o Brasil esteve no grupo mundial foi em 2003, com Gustavo Kuerten. Depois disso, o tênis brasileiro só caiu e teve nesse fim de semana a melhor chance de voltar à elite da Copa Davis.
Grupo Mundial Na primeira semifinal da Davis a Espanha venceu a França por 4 a 1. Os espanhóis contaram com Rafael Nadal que derrotou Jo-Wilfried Tsonga por 3 sets a 0: 6/0, 6/2 e 6/4, em 2h17m e garantiu a vaga para a “Fúria”. O adversário da Espanha na final será a Argentina.
Na outra semifinal, os “hermanos” venceram a Sérvia, atual campeã da Davis, por 3 a 2. A classificação veio no jogo entre Novak Djokovic e Juan Martin Del Potro. O sérvio, número um do mundo, abandonou a partida sentindo dores nas costas quando perdia por 7/6(5) e 3/0. Na última partida, já com a vaga definida, Tipsarevic e Juán Mônaco jogaram para cumprir tabela. O ‘hermano” desistiu após perder o primeiro set por 6/2, mesmo assim, a festa ficou por conta dos torcedores argentinos na Arena Belgrado, na Sérvia.
O que acontece com nosso tênis é um grande jogo de interesses pessoais (econômicos e/ou não), que se colocam acima do esporte e do próprio país. Isso tudo começou com um jogo de poderes, culminando com o boicote dos principais tenistas em 2003, jogando o Brasil para divisões inferiores, em nome de uma "moralização" do esporte. Enfim, nosso país que nunca teve muita tradição na Davis - justiça seja feita à grande Maria Ester Bueno e uns poucos outros - mergulhou mais ainda na lama, devido a interesses "estranhos", que nem me atrevo a comentar. É lamentável.
ResponderExcluir